Você conhece o Media Training Crise?

Cada vez mais as organizações, tanto privadas quanto públicas, se preparam para enfrentar crises corporativas. Fazem treinamento, discutem e simulam situações críticas, aprendem o que fazer na hora da crise. Mas nem sempre se preocupam em preparar os executivos e demais fontes da empresa para falar com a mídia. Dificilmente uma organização enfrenta uma crise grave sem que a mídia seja acionada e abra mão de ouvir a versão oficial.

Muitas vezes, na hora da crise, não dá tempo de treinar a diretoria ou os porta-vozes designados, nem mesmo um treinamento completo para prepará-los para a batalha da comunicação que certamente acontecerá nas crises, até porque não são todos os executivos que têm habilidade para lidar com a mídia; e falar para a imprensa, sob pressão, sempre é um risco, necessitando muito treinamento ou experiência.

Para Jonathan Bernstein, especialista em gestão de crises e treinamento de porta-vozes, nos Estados Unidos, “pela nossa experiência, se você é um especialista em seu campo profissional, é provável que você possa ser treinado e ensinado a entregar uma entrevista sólida”.

Na Newsletter quinzenal publicada no site Crisis Management, o especialista americano reproduz quatro dicas do Institute for Public Relations, dos EUA. Segundo Bernstein, essas dicas apenas, não o tornarão preparado para enfrentar as câmeras – geralmente o que incomoda muitos executivos –  , mas “são um bom começo em sua estrada para aprender a capacidade inestimável de lidar com a mídia.”

Dicas para o Media Training Crise

  1.  Evite a expressão “no comment”(sem comentários), porque as pessoas pensam que isso significa que a organização é culpada e tenta esconder algo.
  2.  Apresente informações de forma clara e transparente evitando jargões ou termos técnicos. A falta de clareza faz com que as pessoas pensem que a organização está propositalmente confusa para, assim, poder esconder algo.
  3.  Um porta-voz precisa ter um contato visual forte. Expressões sem significado ou cacoetes como \”uhms\” ou \”uhs\”, “é”, “ou seja”, “bem” devem ser limitadas, e evitar evasivas por comportamentos nervosos, como agitação ou se movimentar pra cá ou pra lá. Os interlocutores podem interpretar como tentativa de enganar.
  4.  Informe todos os potenciais porta-vozes da organização sobre a última informação de crise e as mensagens-chave que a organização está tentando transmitir aos stakeholders.

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